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Toda malha logística dos muitos fornecedores automotivos é de extrema importância para o setor automobilístico. Além de possuir características e fatores especiais que precisam ser administrados com muita responsabilidade, pois, o menor dos atrasos pode parar linhas de produção que custam milhões de reais.

O nome por si só diz muito: montadoras. Eles montam baseando-se em projetos e com inúmeras peças e elementos que são fornecidos por várias empresas, nacionais e internacionais. Uma característica do just in time, que é o modelo principal de trabalho das montadoras, é reunir os fornecedores em conglomerados, os chamados “clusters”.

O vale do silício, por exemplo, é um “cluster” de tecnologia.

Essa estratégia de aproximar os fornecedores faz parte do processo para reduzir custo logístico e visa minimizar o risco de parada de linha, algo que pode inclusive interromper contratos de fornecimento, devido à gravidade que uma parada ou desabastecimento promove. Por trabalhar conforme a demanda e com a filosofia de zero estoques, as montadoras trabalham full time com os componentes que estão disponíveis, de acordo com os respectivos pedidos e seguindo a filosofia: menos é mais.

O fluxo de trabalho é vital para o setor automotivo e os processos de homologação de fornecedores são rigorosos, não se limitando às certificações exigidas, mas inclui também uma análise periódica da própria montadora quanto a qualidade de fornecimento, cadeia produtiva, organização, risco de contaminação, meio ambiente e processos organizacionais.

É muito comum nas montadoras, e em seus fornecedores, os departamentos que avaliam os tempos e os métodos de fabricação, uma vez que todo o processo é calculado para que os componentes estejam disponíveis no momento exato que a montadora utilizará.

A cadeia logística deve estar sempre em ordem para evitar qualquer tipo de problema. Especialistas em comércio exterior têm desafios diários em trazer componentes de fora do Brasil, buscando preços competitivos, fretes que sejam ágeis, mas não extremamente caros, entre outros custos operacionais que refletem o lucro das vendas e o resultado final.

A produção de peças não se limita somente ao atendimento dos veículos em produção, mas também ao mercado de reposição. São inúmeras concessionárias e autopeças que precisam repor seus estoques constantemente de produtos conhecidos como after market, uma vez que a maioria dos consumidores, devido ao alto custo, não trocam de carro todos os anos e realizam as manutenções periódicas em seus veículos.

Consumidores, que esperam por meses até receber um veículo, ficam ansiosos, e quanto mais a espera aumenta, a credibilidade da montadora diminui. E o pior é quando o veículo é montado às pressas e acontece algum problema logo nas revisões de garantia, não tem situação mais desfavorável com a credibilidade da marca.

O consumidor confia mais em empresas que conseguem cumprir prazos e que estão presentes no mercado, passando muito mais segurança para a compra, até em função do alto valor despendido para adquirir um automóvel. A organização logística define toda a capacidade do setor e a busca por alta eficiência e cumprimento de prazos é o grande objetivo dos fornecedores automotivos.

Atrasos e falhas não vão denegrir a imagem do fornecer somente, mas da marca, do veículo, da montadora e de toda a cadeia envolvida. Se o sucesso ocorre, todos são beneficiados, mas se os problemas persistem, o efeito cascata afeta o aglomerado de indústrias que dependem desse segmento.

Portanto, identificar todos os gargalos e os pontos críticos do sistema é algo fundamental para conseguir organizar a estrutura da empresa e criar um ambiente seguro e eficaz, que garantirá a efetividade de todo o processo logístico.

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